terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sobre fases

Ok. Todos nós preferimos o pai ou a mãe, odeia ou ama os irmãos, tem um super melhor amigo e têm amigos de infância, nós amamos uma cidade, gostamos de um certo tipo de comida e de outros não. Todos nós temos manias que adquirimos desde pequenos. Às vezes mudamos essas manias, esses hábitos, enquanto crescemos, mas nosso passado mostra quem realmente somos ou seremos.
Isso é normal, exceto pra pessoas como eu. Esse seleto grupo de pessoas não tem muitos hábitos e preferências. Temos fases. De tempos em tempos eu prefiro o pai ou a mãe; normalmente amo meu irmão, mas às vezes o odeio; tenho alguns super amigos e amigos de infância não são tão presentes na minha vida; amo minha cidade, mas vou me mudar logo e quero amar o lugar que vou morar, por mais que eu não queira ir; de tempos em tempos mudo meus gostos, amo e odeio saladas, e coisas frescas, do dia pra noite, ora gosto de peixe ora não.
A mudança constante de gostos é boa. As fases vão passando e o que é realmente bom vai ficando. Sempre existe uma reciclagem de valores. Pessoas vão e vem, pessoas boas parecem ruins e as ruins parecem boas. Depois de uma chance ou outra é perceptível a realidade. Quem realmente fará parte dessa nova fase? Qual gosto será meu novo gosto?
Eu supervalorizo as coisas. Os sentimentos. Não pelo motivo de eu ser exagerado, mas por eu querer aproveitar o momento, pois tenho certeza que esse momento pode deixar de existir quando a fase pedir pra mudar. Não posso dizer que não criei sentimentos que não existiam, falei palavras que não devia, mas juro que essa pequena fase que estou vivendo é sincera. A mais breve, a mais gostosa e a mais simples das fases. Acabei com a fase das loucuras pra viver essa fase de pós-partida.
A fase de pós-partida têm resolvido muitos problemas, criado mais alguns. Posso dizer que essa fase é um pouco deprimente. Amar alguem e criar laços fortes com um período pré-determido chega a parecer como um motivo pra eu fugir da solidão e do medo, mas é esse amor e são esses laços que me fazem sentir a solidão e o medo chegando. A solidão está me esperando, sorridente. Costumo ignorar, viver as minhas companhias, amar como se semana que vem nada disso fosse existir. O medo me persegue, sei que dele eu não posso fugir, sei que tudo vai acabar.
Olhe pra minha história, sempre tive fases e sempre vou ter. Essa fase que vivo vai acabar, outra vai vir, infelizmente ela é bem vinda. Espero que um dia uma fase parecida com essa volte a reinar, ou que eu não encontre uma fase ruim pela frente. Espero que todas essas fases tenham me ensinado alguma coisa, não é a toa que eu não gosto da mesmisse, preciso aprender. Aconselho a você, leitor. Viva novas emoções, novas experiências e sobreviva às novas fases.


Ouço: Vangelis - Ask The Mountains (em loop, pra variar)

Eu gosto de viver, de sobreviver, de sentir o que eu sinto por você.