quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sobre quando um de nós se vai

Ok. Estou indo pra Barra Velha, meu carnaval está prestes a dar início. Obvio que não podia faltar a confusão dentro de mim. Quero muito ir, estou empolgado, e atrasado por sinal, estou com a macaca. Mas até queria ficar, ficar com as pessoas que estão por aqui. E eu penso "mas elas vão viajar no carnaval" e passa minha confusão, viajo mesmo, mas lembro que uma pessoa fica aqui, volta a confusão. Queria ficar pra passar um tempo com as pessoas que me fazem bem, pessoas que não vejo faz tempo, pessoas que fizeram parte da minha vida nesses ultimos tempos, mas nos ultimos dias sumiram, pessoas que eu não queria deixar jamais pra trás pois nem um simples tchau eu consigo dar. Acontece que pessoas que eu gosto me esperam na praia, então eu vou aproveitar, não pensar em coisas que me deixem triste, como sempre. Estou ansioso pra ir, estou ansioso pra voltar, estou ansioso pra te ver.
Viajar significa diversão e liberdade, longe de tudo o que te prende, são as duas coisas mais importantes das férias, diversão e liberdade, mas penso eu "De que adianta eu 'ganhar' a liberdade? Não é uma liberdade merecida, é uma liberdade induzida". Exato, a liberdade foi induzida, não posso lutar contra o que é pra ser, por mim eu ficava preso, dia e noite, acontece que as coisas não funcionam assim.
Bom carnaval pra todos, os que ficam, os que vão, os que eu vou ver e os que eu vou sentir saudades, até semana que vem.


Ouço: Anberlin - Never Take Friendship Personal

Eu estou atrasado, é normal.

Sobre planos

Ok. Pessoas pensantes como eu planejam tudo. Eu sou tão paranóico com essa história de planos que planejo conversas de telefone, é raro eu ligar pra alguem sem saber o que eu vou falar, eu sempre planejo as perguntas, as respostas, as possíveis variações que podem acontecer no plano. Por incrível que pareça meus planos nunca saem como o planejado, ou eles não têm fim ou não tem começo. É possível que eu faça planos e eles serem perfeitos até certo ponto, mas eu sempre, sempre, sempre esqueço de alguma coisa. Ou é possível que eu faça um plano, bem bonito, perfeito, mas alguma coisa aparece inesperadamente, acabando com o falecido plano.
Ultimamente os planos estão indo de mal a pior. Planejei a melhor férias das minhas vidas, mas acabei tendo 16 emocionantes dias de castigo. Planejei loucuras, que não foram tão loucas. Planejei viagens, que não sairam dos planos. Planejei promiscuidade e garanhanismo, mas ganhei um beijo. (Pensando bem, o único exemplo de planos quebrados que me agradaram foi o último, diga-se de passagem, agradou mais que o esperado)
Foi errando nos planos que resolvi uma coisa, não planejar, ligar pras pessoas com a intuição de falar, mas sem o texto decorado na cabeça, ligar só pra ouvir a voz e passar o tempo, sair sem esperar nada, nem bom nem ruim, não pensar jamais no amanhã, pensar no agora, no daqui a pouco e no passado, nunca no futuro. É agindo assim que notei, hoje mesmo, que as coisas saem do jeito que eu quero, pois eu fiz tudo conscientemente, cuidadosamente, mas involuntariamente e improvisadamente.
Está nos meus planos dormir agora, dizer pra você, leitor, que estou feliz agora, porque eu sei o que eu quero pensar, passou aquele clima de "tenho que fazer planos pra sair dessa", só quero sonhar com tudo o que sinto agora, tudo o que me faz feliz... Ponto.


Ouço: My Diet Pill - Ego & I

Eu não nasci pra despedidas.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Sobre filmes

Ok. Estou pra conhecer alguem que não goste de filmes. Filmes são mais interessantes que seriados, mais interessantes que livros, filmes são cultura, filmes são anti-cultura, filmes são fúteis e úteis, filmes são desculpas para beijos.
Bom, eu faço parte daquele grupo seleto de pessoas que não gosta de assistir filmes já assistidos. Já assisti 3 vezes Crash - No limite, 6 vezes Titanic, 7 vezes Moulin Rouge, 13 vezes Pink Floyd - Live at Pompeii, mas só porque são meus filmes favoritos. Também não gosto de assistir um episódio de seriado que já assisti antes, acho que não tem muita graça.
Também faço parte daquele grupo seleto de pessoas que tem como hobbie provocar pessoas do sexo oposto. Nada melhor que enxer o saco de quem quer estar quieto, beijos no pescoço e coisas do gênero.
Pessoas como eu podem atrapalhar a vida de alguem que deseja assistir um filme acompanhado de pessoas como eu. Exceto se esse alguem não quiser assistir o tal filme.
Já que estamos falando de filme dou algumas dicas, Crash - No limite, Tropa de Elite, My Hunting Party são filmes muito bons, todos sobre violência, guerra e coisas parecidas. Também sou chegado em Pink Floyd - Live at Pompeii e Sigur Rós - Heima, ambos documentários musicais. Pra mim são os melhores filmes, tá aí, dica pra você aproveitar esse belo clima Curitibano, ou Brasileiro, porque a chuva tomou conta do mundo.
Chega de escrever, esse foi o post mais sem nexo, e ao mesmo tempo menos insano, de todos. Foi calmo, sem revoltas, sem pensamentos brilhantes, ou criticas.
Ah, porque filmes? Ah, tive um dia agradabilíssimo, onde não assisti o filme.
Aliás, hoje é aquele típico dia em que você se sente confuso, dia recheado de coisas muito boas e muito ruins, risos e desgraças, o que me fez não ter muito o que escrever, desculpas a você, leitor estranho que prefere um texto estranho, por ter que ler um texto informativo tão normal.


Ouço: Caetano Veloso & Gilberto Gil - Desde Que O Samba É Samba

"Silka ; dice:
eu sou tão estranho, fico comovido
- Nessa dice:
é, eu tbm"

Eu sou estranho, definitivamente.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Sobre a relatividade

Ok. Tudo é relativo, a vida é boa, em certos parâmetros de comparação, também é ruim e dificil. O motivo da relatividade é o comentário sobre a noite passada. Eu esperava um noite agradável, sem loucuras, só diversão, música, muita música, mas veio a notícia de possíveis loucuras. O anjinho do lado direito disse que não, o diabinho do lado esquerdo disse que sim. Na pior das hipóteses diga que as férias que te dão idéias ruins. As loucuras não foram loucas, a diversão não foi tão divertida e a música não tão contagiante.
Posso dizer que ri bastante, que me diverti, que a saída foi boa. Mas não consigo dizer que valeu a pena, porque não valeu a pena. Tanto trabalho para tão pouco. Aposto que se o trabalho fosse feito como era pra ter sido feito a diversão seria mais aceita.
É tudo relativo, aproveitei, mas não como eu queria ter aproveitado. Parece que se tornou normal eu fazer planos, quebrar os meus planos e me arrepender, ou ainda fazer planos pra eles não saírem como o planejado.
De pouco em pouco vou notando o que vale a pena, mas acho que sou lento demais pra conseguir digerir toda essa notação. O que acaba em problemas para mim, depois dos problemas eu acho sempre um culpado, mas o culpado sempre sou eu, mesmo assim me revolto com as férias, me revolto com a vida, sempre me revolto com alguma coisa.
Sempre achei que acordar com ressaca era uma desgraça, mas notei que acordar mal humorado e arrependido é um pouco pior, fazem umas 5h que estou acordado e ainda não mudei de humor. Na verdade só vai piorando de acordo com os acontecimentos.
Tá, eu sei que não quero escrever, nada legal vem na minha mente, então eu desisto.


Ouço: Yes - Mood For A Day

Eu tenho muita esperança, mais que o necessário.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sobre o ser humano, ou sobre o que eu penso deles e de mim

Ok. Não era hora de escrever, mas eu preciso escrever, uma necessidade imensa. Por que sobre o ser humano? Porque hoje eu tirei o dia pra criticá-los. Os macacos pelados não são nada mais que macacos que andam em pé e que tem um cérebro grande, sabia que os macacos pelados também são os primatas de maior pênis? (Cultura inútil adquirida em uma leitura inútil, vide: O Macaco Nu - Desmond Morris) Falando em cultura, nós somos os unicos animais que cultivamos a cultura, os outros animais cultivam o hábito. O ser humano criou sentimentos, malditos sentimentos, o ser humano criou Deuses, que depois acabaram criando os humanos, o ser humano criou o hábito (ou iniciou toda a sua cultura) de viver em um lugar só, que depois esse habitat virou casa, dentro duma vila, depois duma cidade, depois ele criou meios de locomoção e blá blá blá. O inteligente macaco criou isso tudo e mais um pouco, mas a critica que quero fazer não é como o bicho evoluiu, ou como ele é foda, que seja. Quero falar sobre as pessoas, o jeito em que elas acreditam em certas coisas inacreditáveis. Todos os macacos vêem que um singular macaco está acreditando em uma coisa impossível, mas esse tal singular macaco não quer saber, ele quer que as forças do universo ajudem ele, pois ele pode fazer o seu próprio futuro. Mas o que é o futuro senão outra criação do macaco? Não me venha você, leitor revoltado, com churumelas "o futuro, o passado, o tempo, eles sempre estiveram aqui, antes dos humanos". Te digo que é mentira. Antes do macaco inventar o tempo, o Sol apenas nascia e se punha, as estrelas apareciam junto com a Lua e só, ninguém pensava sobre o amanhã, na verdade ninguem pensava muito.
O meu texto não teve nexo, eu sei, parabéns pra você, macaco pelado, que leu bastante pra não chegar em lugar nenhum. Só queria criticar alguem, pois críticas fazem o meu gênero, adoro criticar. Sobre mim? Não sei, me criticar parece muito nocivo, nocivo pro meu ego, prefiro não pensar, é dificil, mas eu tento, ouço uma música em loop e aproveito-a, pensando, obviamente. Cansei de mim, acho que é isso.
Onde entra o macaco meu? Ah, o meu macaco sempre esteve aqui. E a critica? Vou fazer, não tenho nada importante me impedindo. Eu acabo tendo variações de humor repentinas, o que é irritante. Eu ouvi macacos, digo, pessoas, conversando sobre "eu acredito, acredito muito, e penso forte pras forças do universo fazerem o que eu quero" e eu comecei a pensar, e me deprimir, por que eu não posso me agarrar a algo supostamente inexistente por muito tempo sem notar que estou sozinho? Antes tinha uma Deusa e um monte de Deuses, depois tive uma Cigana, depois tive muitos Espiritos, depois um amigo imaginário, depois o Destino, depois um Deus e os Orixás, depois o Universo, mas sei que nenhum deles existe a ponto de me fazer diferente, não estou criticando religiões, ainda sou Umbandista (caso você não saiba), mas não tenho mais aquela fé apaixonada e cega, tenho só admiração. Por isso me sinto perdido, sem ter pra quem rezar, apenas conversar, Lavoisier é meu amigo imaginario. Ele não é de verdade, mas eu costumo falar sozinho e fingir que recebo respostas dele, são minhas as respostas, acho que isso me faz bem, do mesmo jeito que eu falo com o gato.
Na verdade mesmo, eu nem sei o que eu estou escrevendo, só estou... escrevendo, não é pra passar o tempo, acho que é pra eu chorar minhas magoas sem me magoar, pode ser. Nota: Eu estou tendo uma brainstorm de lembranças, isso tá me dando uma dor na parte debaixo da cabeça.


Ouço: Travis - Closer (pela... 27ª vez?)

Já falei que sou melodramático? Que tal... Eu sou ... deixa pra lá.

Sobre o medo

Ok. O medo não é nada mais nada menos que adrenalina aliada à incerteza. Muitos dizem que a adrenalina é produzida quando sentimos medo, mas existem outros motivos pra adrenalina existir, vide: momentos de prazer e extrema felicidade. A incerteza não é o medo, apenas a falta de habilidade para decidir algo. O medo por si só tem caracteristicas um pouco distintas da produção de adrenalina e da incerteza. Quando você se sente incerto você adquire movimentos ritmicos, andar de um lado pro outro, bater, balançar as pernas, balançar o corpo pra frente e pra trás, esfregar as mãos umas nas outras. A adrenalina faz você suar, as pupilas se dilatam, os musculos ficam rigidos. O medo é mais intenso, as borboletas no estomago ficam incontroláveis, uma azia toma conta do seu ser, o corpo tende a tremer e não existe um sorriso, e sim um movimento facial que normalmente é pavoroso.
O medo é uma mistura de bom e ruim, bem e mal, sentir medo é sentir-se vivo, mas sentir medo é se sentir incerto, todos sabemos que a incerteza não é legal. Resolvi falar sobre o medo, pois ontem eu descobri um novo medo. Eu sei que tenho medo de quase tudo, medo de ser aceito, ou do contrario, medo de descobrir, medo de não saber, medo de enfrentar, medo de esperar, medo de lutar, medo de perder, medo de partir, medo de ficar, medo de pensar, medo de agir, medo de planejar e não sair como o planejado, medo de viver, medo de morrer, medo de me apaixonar, medo de ficar sozinho, medo de insetos voadores (na verdade é mais repulsa do que medo), medo de acertar e medo de errar, medo dela, medo dele, medo de você, provavelmente. Mas ontem um novo medo surgiu, o de altura. Eu que sempre gostei de paisagens altas, sempre gostei de me encostar em janelas pra observar o mundo, eu que sempre gostei de olhar de cima dum morro toda a natureza, ou a cidade.
Tudo começou numa divertida aula de escalada, quando cheguei ao topo olhei pra baixo, esperava ver pessoas pequenas e sentir "I am the king of the world!", mas acabei sentindo "OH MY FUCKIN' GOD!", minhas mãos suaram, como o esperado, mas isso me deixou com mais medo, medo de cair, a tola incerteza de "será que vou cair?", obviamente eu não ia cair, estava seguro por uma corda, mas ninguém é capaz de lutar contra o inconsciente. Tente lembrar quando você era pequeno, mas não tão pequeno, a ponto de conhecer a verdade, um monstro no seu armário, você sabe que ele não é real, mas um cabide caiu por causa de um casaco pesado, "PAM!" e você correu pro quarto dos seus pais, sabendo que não existem monstros, mas que um deles podia estar junto das suas roupas.
O medo vai te seguir pra sempre, isso é certo, medo de ser assaltado, medo de perder o emprego, medo de perder o seu amor, medo de seu filho seguir um mal caminho, medo de sofrer um acidente. Quem vive fugindo do medo acaba não vivendo, pois a vida É o medo. Então eu conto-lhe uma lição, que eu aprendi sozinho: Esconda o seu medo.


Ouço: Vangelis - Le Single Bleu

Eu sou um puta dum cagão.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sobre a insônia

Ok. Assisto um filme bobo com meu irmão, Austin Power's, o bom de assistir esse tipo de filme bobo é ouvir as gargalhadas sinceras do Leo. É mais fácil você rir do riso exagerado do que das piadas. Enfim, o filme acabou as 23:50, fui pra minha cama morrendo de sono, hora que olho pra ela noto que não tenho sono. Fui pro computador, ler testimonials ou coisas parecidas. Tolo eu, que depois de lê-los devia ter certeza que não ia dormir tão cedo. Fui ler o meu livro sobre macacos, esperando ocupar minha cabeça, mas entre os parágrafos vinham imagens, vinham os mais profundos pensamentos, acabei o capítulo e desisti dessa tentativa falha de obter sono. Liguei o computador de novo, agora pra assistir algum seriado, October Road foi o escolhido. Acabando o episódio eu vejo que não tenho sono, resolvi assistir Jericho.
Ok. Decidi ir deitar, cantando a música que eu estou ouvindo pela 5ª vez, até acabar o post eu já ouvi 7 vezes. Não é uma música que você deve ouvir querendo dormir, aconselho para dançar.
Deitado eu comecei a pensar, as usual, penso sobre o barulho que o gato faz ao se lamber, penso sobre a minha paixão inexplicavel, penso sobre a saudade que sinto de algumas pessoas, penso como eu queria sair, penso como o gato é gordo e toma um espaço consideravelmente grande na cama, penso sobre o futuro, volto a pensar sobre a paixão, penso sobre esse blog, penso sobre o carnaval, e penso sobre o futuro de novo, mas não o futuro distante, o amanhã, ou depois de amanhã, e penso... penso... penso... indefinidamente... até notar que eu estou sonhando.
Pois é, acho que passou das 4 da manhã, pois é, acho que passou das 4h de tentativas fúteis de adormecer. Prazer, insônia.


Ouço: Foals - Hummer (Sim, pela 7ª vez)

Eu sou infantil.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Sobre o blog

Ok. Estou indo pra São José dos Campos em mais ou menos um mês, preguiça de contar os dias. Tive a brilhante idéia de fazer um diário, pra mim mesmo, pra ver como foi meu ano, que eu já estou chamando de maldito. Já até estou cansado por aclamar por 2009, mas no fundo no fundo eu sei que não vai ser ruim. Enfim, então resolvi fazer um blog, porque as pessoas podem ver como vai minha simplória vida longe de Curitiba.
Fiquei me perguntando como seria essa espelunca, eu escreveria de um modo pessoal ou impessoal? Acabei achando que os dois seria perfeito, conto pra quem quiser ouvir o que eu estou vivendo, ao mesmo tempo falo o que quero falar sem ninguém me entender, ou até posso escrever palavras bonitas.
Queria fazer disso não um texto de boas vindas, nem de inauguração, mas não queria deixar você, leitor possivelmente assiduo, perdido.


Ouço: Feist - My Moon My Man (Boys Noize Remix)

Eu sou bastante melodramático.