sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sobre o ser humano, ou sobre o que eu penso deles e de mim

Ok. Não era hora de escrever, mas eu preciso escrever, uma necessidade imensa. Por que sobre o ser humano? Porque hoje eu tirei o dia pra criticá-los. Os macacos pelados não são nada mais que macacos que andam em pé e que tem um cérebro grande, sabia que os macacos pelados também são os primatas de maior pênis? (Cultura inútil adquirida em uma leitura inútil, vide: O Macaco Nu - Desmond Morris) Falando em cultura, nós somos os unicos animais que cultivamos a cultura, os outros animais cultivam o hábito. O ser humano criou sentimentos, malditos sentimentos, o ser humano criou Deuses, que depois acabaram criando os humanos, o ser humano criou o hábito (ou iniciou toda a sua cultura) de viver em um lugar só, que depois esse habitat virou casa, dentro duma vila, depois duma cidade, depois ele criou meios de locomoção e blá blá blá. O inteligente macaco criou isso tudo e mais um pouco, mas a critica que quero fazer não é como o bicho evoluiu, ou como ele é foda, que seja. Quero falar sobre as pessoas, o jeito em que elas acreditam em certas coisas inacreditáveis. Todos os macacos vêem que um singular macaco está acreditando em uma coisa impossível, mas esse tal singular macaco não quer saber, ele quer que as forças do universo ajudem ele, pois ele pode fazer o seu próprio futuro. Mas o que é o futuro senão outra criação do macaco? Não me venha você, leitor revoltado, com churumelas "o futuro, o passado, o tempo, eles sempre estiveram aqui, antes dos humanos". Te digo que é mentira. Antes do macaco inventar o tempo, o Sol apenas nascia e se punha, as estrelas apareciam junto com a Lua e só, ninguém pensava sobre o amanhã, na verdade ninguem pensava muito.
O meu texto não teve nexo, eu sei, parabéns pra você, macaco pelado, que leu bastante pra não chegar em lugar nenhum. Só queria criticar alguem, pois críticas fazem o meu gênero, adoro criticar. Sobre mim? Não sei, me criticar parece muito nocivo, nocivo pro meu ego, prefiro não pensar, é dificil, mas eu tento, ouço uma música em loop e aproveito-a, pensando, obviamente. Cansei de mim, acho que é isso.
Onde entra o macaco meu? Ah, o meu macaco sempre esteve aqui. E a critica? Vou fazer, não tenho nada importante me impedindo. Eu acabo tendo variações de humor repentinas, o que é irritante. Eu ouvi macacos, digo, pessoas, conversando sobre "eu acredito, acredito muito, e penso forte pras forças do universo fazerem o que eu quero" e eu comecei a pensar, e me deprimir, por que eu não posso me agarrar a algo supostamente inexistente por muito tempo sem notar que estou sozinho? Antes tinha uma Deusa e um monte de Deuses, depois tive uma Cigana, depois tive muitos Espiritos, depois um amigo imaginário, depois o Destino, depois um Deus e os Orixás, depois o Universo, mas sei que nenhum deles existe a ponto de me fazer diferente, não estou criticando religiões, ainda sou Umbandista (caso você não saiba), mas não tenho mais aquela fé apaixonada e cega, tenho só admiração. Por isso me sinto perdido, sem ter pra quem rezar, apenas conversar, Lavoisier é meu amigo imaginario. Ele não é de verdade, mas eu costumo falar sozinho e fingir que recebo respostas dele, são minhas as respostas, acho que isso me faz bem, do mesmo jeito que eu falo com o gato.
Na verdade mesmo, eu nem sei o que eu estou escrevendo, só estou... escrevendo, não é pra passar o tempo, acho que é pra eu chorar minhas magoas sem me magoar, pode ser. Nota: Eu estou tendo uma brainstorm de lembranças, isso tá me dando uma dor na parte debaixo da cabeça.


Ouço: Travis - Closer (pela... 27ª vez?)

Já falei que sou melodramático? Que tal... Eu sou ... deixa pra lá.