sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O universo e boa parte do fim

hahahaha
piccolli piccolli piccolli

hahahaha

o canto da mesa
o celular
estas letras
o mouse

o branco

hahahaha

agora
ficou
preto

ha
vi
a

o
que
aqui?

o homem ou a galinha?
o homem ou o rato?
quem veio primeiro?
a doença ou a morte?

hehe

os cílios brilham

só brilho

só cílios

2
3
5
e o food network finalmente abre as portas para o brasil



esqueci

e lembrei


lembrei de tudo



não tenho medo



de acordar
amanhã






Pra onde foram as histórias?

Eu devo ter alguma aqui.

Vamos lá.

Começamos com uma rua escura.
Vazia.
Faz frio.
A rua é larga.
Os prédios formando dois paredões de edifícios de tamanhos padronizados.
6 andares

.

Eu lembro quando eu tinha medo. Morria de medo. Tinha medo do silêncio. Tinha medo das pessoas.
Morria de pavor dos jovens. Eles todos me assustavam. Os velhos sujos também. Os bêbados principalmente. Medo de multidão. De carnaval. De futebol.
Eu tinha medo dos homens.
Só dos homens.




Mas eu não tinha mais medo. Acabou. De uma noite pra outra.

Como eu odiava os homens.

Não odeio mais.
Não odeio ninguém.


Voltamos.
Pra história, é claro.

Cheguei ali do mesmo jeito que meu medo foi embora. Medo embora e foi a alma e todo o resto. Cada um prum canto. Eu pra cá.
Eu vim com amor, também.

Respeito amor como respeito Deus.






A história.

Que preguiça...

Podemos falar sobre outra coisa?



Queria que fosse sobre a Rússia e a Ucrânia. Sobre Grécia, Espanha e Portugal. Sobre a Alemanha. Sobre a Islândia, a Noruega e a Dinamarca. Sobre os Estados Unidos e o México e Cuba e todos os pequenos países do Oriente Médio e do sul da Ásia.
Queria que fosse sobre a Venezuela. Sobre a Argentina.
Queria mesmo é que fosse sobre o Brasil. Sobre a Dilma.



A história é longa e não é nova.
Está aí.






Eu lembrei.

Era alguma coisa com rancor. Ou sobre amor. Ou sobre... Acho que traição. Respeito?
Respeito. Respeito é bom e todo mundo gosta.
Só não gosta quem não sabe o que é.
Pois era sobre mulheres.
E sexo.
Afinal, tudo tem um começo.




Mas juro que não lembro a rua.
O que tinha a rua?


Que confuso.


Deixa pra lá...


Eu lembro das ruas.
Das ruas escuras.
Das ruas vazias.

As vezes nem lembro das vozes.
dos rostos.
dos cheiros.
dos nomes.

As vezes eu nem lembro de nada.

Só das ruas vazias.





Era sobre liberdade.
Sobre pular de paraquedas.
Sobre limites.
Sobre medo.





Vou contar a verdade.
Estava com preguiça de organizar meu cérebro sozinho.
Me senti abusivo e abusado. Deixei o coração tomar conta do dia.

O coração
Bate
Sem
Saber
Porque





Me dói arrancar essas linhas de sinceridade. Sinceridade. Era sobre sinceridade.
Era sobre mulheres e sexo e sinceridade.
Foi assim que tudo começou.
Sim.
O amor foi embora.
Depois ficou só o medo.

Daí veio a maconha.
E voltou o amor.
E foi embora o medo.

O cérebro é muito mais rápido.
O peito dói.




Que idiota.
Preguiça de quê?
A vida tão boa.
Te aquieta, não zoa.
.....      . buquê
/minha nota




(Nota mental.)







Sabe. É difícil pescar os pensamentos que rodam e rodam e rodam.
São tantos que eu nem sei onde colocar.

As vezes as palavras vem soltas.

As vezes pego as primeiras, mas perco as do final.





Era sobre religião.
Mas parece que é melhor não falar sobre religião.
Eu sou daqueles que não quero ofender Deus nenhum.


Que saudade quando eu venerava-Os todos.


Era sobre amor, mas acho que não é mais. O ponto foi provado. Amor existe.

Paixão.
Nunca foi sobre paixão.







Já hoje. A paixão sou eu em plenitude.







Mudei. De novo.
Como é bom.
Mudar.