E de cabeça erguida apanho, apanho, apanho. Um surra interminável que me tira da boca o sangue, o "filha da puta" e o sorriso sarcástico, mostrando uma força que nem sempre eu tenho.
Acabei por blasfemar, reclamar, aclamar, mas a culpa é de todos e de ninguém, minha e de Deus; a culpa é daquele que jamais foi culpado. Já não tenho mais a quem culpar, portanto calo-me e sobrevivo.
Os problemas advém de vitórias e derrotas subseqüentes. Vitórias que me fazem contente, esquecido dos problemas. Derrotas que me chateiam, que antes me tiravam lágrimas do olho, hoje me fazem um bocado mais compreensivo.
Pois é, não são as vitórias que me fazem o que sou, são as derrotas, me ensinando a sobreviver o dia-a-dia, dentre erros e acertos.
... a culpa é das vitórias.