sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sobre o brilho do diamante louco

É, não sou um diamante, longe disso. Se quero ser precioso podemos dizer que sou a abundante e simplória ametista. Pedra bela, porém quebradiça.
Lembro-me uma vez que dei à uma amiga - uma, antigamente, eterna paixão platônica - um pedaço de ametista no dia dos namorados; eu sei, ela nem percebeu a intenção do pobre apaixonado Silka.
Tá, admitamos, sou louco. Há quem diga que as minhas manias, as minhas roupas, as minhas músicas, o meu amigo imaginário são de louco, por isso acho que acabei por me acostumar e agora também me vejo como um louco.
Enfim, não tão louco, nem tão precioso, quanto Syd Barret - Barret foi o criador do Pink Floyd, sujeito brilhante, inteligentíssimo. Ele era o verdadeiro Diamante Louco, ficou louco devido ao uso excessivo de drogas - e nem tão brilhante quanto, mas às vezes essa singela ametista brilha. Ao brilhar os olhos correm para ela, a ametista, a pedra esquecida, torna-se preciosa novamente.
Brilho que faz os meus olhos brilharem ao ver os olhos alheios brilhando. Abrindo a minha boca num sorriso alegre, não exatamente brilhante. Orgulho, de vez em quando, me faz lembrar a pedra que sou.

Brilha brilha, estrelinha... Brilha, pois o escuro da noite não mais lhe pertence.

Aliás, meu cabelo tem sido ameaçado. As ameaças me fizeram ter pesadelos, sim, pesadelos. ... Se eu ficar careca a culpa não é minha!
Ajuda-me Deus!