terça-feira, 22 de julho de 2008

Sobre a usual exposição

Meticulosamente colocados.
Espaçados por precaução.
Não que eles iriam se bater,
Ou que o espaço fosse necessário.

E eu martelei, bem forte.
Com uns pregos bem duros.
Incansavelmente bati,
mas me cansei.

Nenhum furo foi feito.
E os quadros largados
Esperavam um competente.
A arte pediu um substituto.

Me senti ofendido e ofendido bati.
Muito mais força, mas não consegui.
Tentei desistir, mas ah!
As ofensas continuaram.

A arte pediu a mão do outro.
Aquele que os dispôs sem cuidado.
Aquele que espaçou a vida.
Fez de tudo bem fácilmente.

Daí parti pra ignorância!
Peguei o martelo e dei neles!
Foda-se o outro! Foda-se a arte!
Quero vê-los todos de martelo na face, malditos!