quinta-feira, 10 de julho de 2008

Sobre as nuvens... ou a redundância

Se eu mencionasse as nuvens
Ou a chuva molhada
Ou o medo perdido...
Seria eu redundante?

Até parece que eu sempre estive aqui.
Mas não, sempre estive aí.
Mesmo aí, ou aqui, sempre estático.
Pedir cinema seria muito?

Se das nuvens surgisse um anjo
Ou talvez a voz de Deus
Ou um raio assustador...
Os olhos iriam mentir?

E quem sabe da claridade?
Talvez o branco me fizesse brando
Ou o preto me fizesse livre.
Assim seria bom! ... Ou ruim?

A redundância das escolhas.
Sempre um telhado quebrado.
Goteira que pinga-pinga-pinga.
Até fazer alguem surtar.

E a felicidade reprimida,
Disfarçadas entre sorrisos.
E o amor... as nuvens...
Seria o meu poema redundante?