quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sobre esse ato, um fato

Ok. Lapiseira na mão, gira pra lá, e volta pra cá. Ela cai e a ponta vai parar no papel. Seguro com gentileza pra ponta não quebrar e ela dança sobre o caderno. Eu leio, às vezes gosto, às vezes desgosto, rabisco, apago, rasgo, só sei que é um ato gostoso.
Fato, escrever é bom, sem a obrigação, mas com a vontade, e sem um assunto, apenas a dança do carvão sobre o papel. Aliada ao estilo musical correto sai melhor ainda. Não melhor de se ler, mas de se ver.
A música vai deixando a lentidão e a escrita passa a ser mais forte, mais caótica. Do jeito que gosto da vida: caótica.
Caótica e sem sentido, apenas uma dança, uma bela dança. Solitátia, mas ainda bela.
Creio que se dois grafites dançassem juntos o papel não ficaria tão feliz e legível.
Acaba a música e o texto. Opine sobre ele leitor: ficou um lixo. Você diz isso, mas eu digo: o grafite dançou lindamente ao som da Tristeza.

Ouço: Tristeza - Wand