domingo, 17 de agosto de 2008

Sobre a penumbra

E pela segunda vez, a Lua, toda grande e charmosa, com vergonha dos meus olhos. Jovem moçoila da pele clara, bonita em demasia, com as faces coradas pelo olhar do apaixonado.
A vergonha não me fez menos explícito. Ela guardou-se num canto da Terra, naquela sombrinha que alguns chamam de penumbra, mas ainda com os olhos discretos virados pro meu.
Recitei uma poesia, declarei o meu amor, daí ela tornou-se vermelha. Sorri e deixei a envergonhada garota a fofocar com as estrelas.
Não demorou muito pra ouvir as não menos belas amigas: "Silka, ela está chamando!"
E lá estava, linda como nunca, linda como sempre.