sábado, 16 de agosto de 2008

Sobre os temporais

Os varais repletos de chuvas;
E as roupas caindo lá do céu,
Transformando a terra em lama.
As colheres nos telhados

Teimam a não cair;
E os telhados gritam, assim como o céu.
Na realidade o céu ruge, bem alto;

Os gatos se escondem,
Opostamente aos tenis embebidos de barro,
Esquecidos nas poças profundas.

O correr dos sem-guarda-chuvas,
Fugindo das gotas grossas e gélidas,
Sempre ágil, porém despreocupado.

E as camas quente num convite,
Assim como o chuveiro o faz.
Convites de sedução malandra.

Acho que sim... Espero o sol.