Dum pouco de terra natal.
Das palavras que me tornam assim,
Esse ser ambíguo, às vezes saudoso.
Gosto do jeito que soa.
Não a minha, mas a casa em si.
O sentido que me faz maduro.
Maduro, pois longe, ou sem.
Inerente do que é casa,
Se é onde durmo ou
Se é onde amo,
Gosto por dizer: Casa.
Não que a palavra me mude,
Só me faz o que sou.
Estrangeiro aqui, estrangeiro lá,
Estrangeiro de todo e nenhum lugar.
E ouço casa e lá me sinto.
No abrigo quente entre Cá e Zá.
Assim fervo, longe de todo amor,
Mas perto, assim, de mim.
Um eu perdido, perdido por aqui.
Aqui nos olhares perdidos.
Longe, bem longe, de casa,
Mas perto daqui, a minha terra.