terça-feira, 20 de maio de 2008

Sobre um olhar cansado

Cansado. Cansado por preguiça, por amor a simplicidade, por ansiedade. Cansado por pensar, pensar muito.
Se dormir, fujo. Se fugir, caio. Se cair, morro... morro de vez! Se lutar, apanho. Se escrever, engano o relógio, que finge não me levar pra casa, me enrola em vez de me levar ao amanhã o mais rápido possível.

A obrigação batendo na porta e o ignorante ignorando.
Toc toc...
- Cala a boca, caralho!
E ela treme. Medo de mim? Impossível! Por que diabos calou-se?
Toc toc...
- Puta que o pariu!
É, deixa pra lá.

É tanta coisa, pra tantas horas, mas tão pouco tempo. Umas três duzias de horas pedindo pelo pensamento distraído. Nem estudar, nem entender. Elas só querem minha mente para planejar. Pensar sobre aqui e sobre lá, principalmente pensar sobre Lá. Querendo espremer as horas: as horas de agora, pra que passem logo, e as horas de lá, pra que não passem nunca.