domingo, 18 de maio de 2008

Sobre o futuro

Tão almejado, cegamente almejado. Todos esperam pelo futuro, mas poucos sabem da verdadeira face, ou das diferentes falsas faces dele.
Atrás de uma cortina de fumaça densa reside o futuro, disfarçado de uma simples pergunta. A fumaça é uma escolha que parece ser simples de ser resolvida. Daí os enganados escolhem sem um propósito claro e rígido, sem saber do peso que essa opção terá.
Uma escolha é o futuro. Escolhas certas ou erradas formam o futuro.
Se eu tivesse visto o valor das escolhas anteriormente a vida teria sido mais simples, mais fácil, mas muito mais monótona. Os erros acabam com a possibilidade de um futuro agradável pra tal situação, mas fazem do presente um momento bom de ser vivido, cheio de medo, adrenalina e um gosto doce, levemente azedo, na boca, uma pitada de céu e inferno.
Entre o arrependimento e o amargo gosto do futuro decadente prefiro o último, que me confere o dom de viver, de errar, de parecer humano, fazendo-me sentir melhor. Parecer humano me parece correto, pois canso de ser esse anjo endiabrado, ou esse demônio angelical, fazendo o mal quando espera-se o bem e vice-versa. Faço as piores escolhas para um pior futuro, pois a necessidade de parecer mais humano me obriga a errar.
Leitor, dê-me um mapa da vida, para eu viver um presente intenso, humano, mas um futuro decente, um futuro bom, um futuro certo.