domingo, 25 de maio de 2008

Sobre um achismo

Ele achou que estava sozinho. Olhou pros lados e não viu ninguém. Procurou um ombro pra chorar, um carinho pra sentir, um amor pra enxer o peito dolorido. Ele achou que estava sozinho, mas a sua volta todos estavam ali, torcendo por ele.
Ele achou que estava bem acompanhado. Até abrir os olhos e ver que mesmo rodeado de gente estava sozinho. Procurando de novo aquele ombro, aquele carinho e aquele amor.
Ombro pra chorar, chorar por medo, medo da vida. Ele é fraco e não tem coragem de lutar.
Carinho pra acalmar, aliviar o peso constante que curva a espinha e faz doer a alma.
Amor pra largar o ódio, pois ele não aguenta mais odiar. Quer dizer que a ama, mas não consegue. Quer dizer que a odeia, mas o amor é bem maior, um amor que não devia existir.

Ele queria estar rodeado de gente, todos ali, torcendo por ele. Queria um abraço pra acalmar a dor da partida. Queria te dizer um pouco de tudo, pra te ferir, pra me ferir.

O problema é esse: eu te amo, pra sempre.