segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sobre um espanto

Fico aqui por explicar o seguinte poema. Este não é "emo", como muitos devem pensar. Ele é de cunho romântico, onde o autor (prazer) tende a demonstrar seus sentimentos mais profundos. Pode parecer-lhe um pouco exagerado e deprimido, mas na realidade é um pouco sentimentalista e indignado. Escrevi o tal em meados do dia primeiro desse mês.

"Uma aberração aborrece-me.
Surgindo paulatinamente, sorrateiramente.
Foge dos meus olhos, dos meus braços,
Mas arde bem perto no peito.

Pergunto sobre o tempo
E os dias vão passando,
Oscilando entre as perguntas.
Será que me demora?

Demoro a ter respostas.
Emputeci-me. Gritei...
Nada fez-me um pouco menos perdido.
Grito alto, espero o tempo.

Dos teus olhos não esqueço,
Da vontade de estar perto de ti.
De pouco em pouco me afogo.
Afoga-me mar maldito!

Um mar desconhecido,
Um oceano de arrependimentos.
Me espanto não querer teu carinho antes,
Tuas unhas passando com aquela usual leveza em mim.

Céus! Por que não te quis antes?
Quanto tempo me falta para ver teu sorriso?"