domingo, 22 de junho de 2008

Sobre o 78º post

De quando em quando quero acreditar na confusão.
De quando em quando quero esperar pra ver no que vai dar.
De quando em quando quero morrer, cansei de suplicar.
De quando em quando quero abrigo.

Hoje não quero nada,
não quero luz, nem escuridão,
não quero o bem, nem o mal.
Hoje eu quero nada, só nada.

As vezes me pergunto se a vida seria a mesma.
As vezes me pergunto se eu fiz as escolhas certas.
As vezes me pergunto se os caminhos que tomei eu tomaria de volta.
As vezes me pergunto se eu sou o que devia ser.

Meio que caí numa contradição.
Não esperava ver dum lado o futuro,
do outro veria o passado,
mas com os dois olhos vejo o que quero.

Meio que caí numa controvérsia.
Ser o que fui, ser o que serei.
Quero ir longe, quero ficar em casa.
Quero dinheiro, quero paixão.

Sinto, sinto muito.
Sinto amor, o mais puro.
Sinto ódio, o mais puro.
Sinto saudade, a mais imensa delas.

Ouvi vozes que eu quis ouvir,
elas não eram tão reais.
Ouvi quem nunca fala,
quem se esconde pra sempre.

Liguei pra Deus, mas estava ocupado.
Liguei pro Diabo, não me fez bem.
Liguei pra casa, não me adiantou.
Liguei pra'lma, e conversamos... conversamos... e o tempo passou...

O tempo correu como nunca,
mas me vi no mesmo dia,
na mesma hora,
no mesmo minuto.

Gelo fino, não congela,
nem me faz mas frio.
Só me assusta,
o medo de cair na imensidão.

Esse foi o post mais sem nexo,
um pouco infame, talvez.
Sei que duvido que tenha lido,
se leu, agradeço.