quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ilimitado

Escolhi meu rumo. Escolha feita a dedo, rumo ao processo, ao progresso. Assim parecia quando me contaram das vantagens. Parecia lindo esse meu lerdo retrocesso. Eu escolhi o fim dos limites, a vida rápida e curta. Eu quis ser degustador, degustando as mais diferentes comidas, degustando as mais diferentes bebidas, degustando os mais diferentes corpos. Cada um com o seu processo adequado: começar para nunca acabar. Comer até passar mal, beber até apagar, transar até cansar. E não tinham me dito os contras. A falta de sentido veio nos finalmentes. Pois há de ter um jeito de sair daqui, buscar um rumo mais certo, que me faça certo, que me leve ao estrelato, que me traga uma vida lenta e demorada.