quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Maldita memória

Hoje é um daqueles dias que eu tenho saudade de casa. A nostalgia e a saudade se dobram no peito e o calendário passa a viver em minhas mãos. É quando eu quero casa que eu analiso os prós e os contras, os certos e os errados, é quando eu analiso a minha vida.
As minhas analises são fúteis, muitas vezes. Eu olho para as valetas nas ruas e penso que o sistema pluvial da cidade é horrível. Eu olho para as árvores e penso sobre a primavera. Ouço a música e penso na solidão do momento, a tão merecida solidão que a música oferece.
Essas analises, são, sobretudo, literatura. Coisa que o leitor ia se orgulhar de ler, pois ele se cansa dos mesmos monótonos e subjetivos assuntos que meu blog trata. Infelizmente, a minha memória me priva de uma boa escrita e priva o leitor de uma boa leitura. Enquanto caminho, escrevo na minha cabeça texto após texto, cheio dos significados, ainda que sobre as mais pequenas coisas. A singularidade de cada ação, a singularidade de cada objeto, a singularidade de cada momento, que eu deixo de transpor aqui por puro esquecimento.
Largo meu rabisco aqui, inscrevendo esse texto que lembrei agora pouco. Foi quando eu andava pela rua XV, indo à caminho da USP, que eu pensei: que droga, tinha tanta coisa para escrever, mas me esqueci.